sexta-feira, 15 de abril de 2011

O que preciso

"(...) os milagres que imploro e os pedidos que faço, se baseiam em minha vontade e Deus não está aqui pra me dar o que eu desejo. Deus está aqui é pra me dar o que eu preciso."

[Pe. Fábio de Melo]

segunda-feira, 28 de março de 2011

Seres Humanos

Seres humanos,
sempre tão pueris!
Ferem o coração
amam além do limite
e, mesmo assim,
ficam estarrecidos ante a paixão
como se fosse a primeira vez.

Seres humanos,
sempre tão infantis!
Rasgam a alma
sangram até a morte
e, mesmo assim,
ficam surpresos ante da dor
como se fosse a primeira vez.

(Valéria Nogueira Eik)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Por favor...

Por favor, não me analise
Não fique procurando
cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise
profunda, quanto mais eu!
Ciumenta, exigente, insegura, carente
toda cheia de marcas que a vida deixou:
Veja em cada exigência
um grito de carência,
um pedido de amor!

Amor, amor é síntese,
uma integração de dados:
não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
(ninguém abraça um pedaço),
me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeita, amor!


(do livro "Bom dia, amor!", 1990, Mirthes Mathias)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Cartas de amor

"Cartas de amor são escritas não para dar notícias,
não para contar nada, mas para que mãos
separadas se toquem ao tocarem
a mesma folha de papel."

(Rubem Alves)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Amizade!

Que possamos sempre ouvir a voz de nossos corações, pois ...
“(...) A amizade tem um querer bem
Que esteja onde estiver
Tudo vai ser como é
Basta ouvir seu coração (...)”

Ivan Lins & Mauricio Manieri

Um dia...

Um dia,
quando estiveres a contemplar o pôr-do-sol no mar,
e vires uma gaivota a voar,
atravessando uma longa distância em direcão ao horizonte…
Pensa em mim.

E voa… voa comigo…

Depressa ou devagar… para um mundo sem tempo, nem idade.

… (Apenas) Liberdade…

Os caminhos, por mais diferentes que sejam,
são todos na mesma direção,
em busca da verdadeira essência…
O sentimento. O amor.

E voa… voa comigo…

Porque tudo são escolhas…

e eu hoje, escolhi ... abraçar-te.

(Catarina Alves)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Cada Manhã

Cada manhã a vida começa
inicia o movimento contínuo...
de nascer,
crescer,
transformar-se,
e multiplicar-se.
Em cada manhã...
a vida floresce...
a vida se expressa...
busca seus pares...
se encontra...
se entrega...
e se manifesta...
de mil formas...

A cada manhã a vida começa
a cada gota de orvalho
A vida cresce e se reproduz
A cada manhã
a vida se espalha e aos pares
se encontra
se entrega
se manifesta em mil formas
mil maneiras diferentes de ser
e reinventa
seu milagre infinito
de recomeçar...
(desconheço a autoria)

Secreta Miranda

"Em todas as idas e vindas, obscuramente eu sempre sabia:
embora tudo mude , nada muda por que tudo permance aqui dentro,
e fala comigo, e me segura no colo quando eu mesma não consigo sustentar.
E depois me solta de novo, para que eu volte a andar pelos meus próprios pés.
A vida é mãe nem sempre carinhosa, mas tem uma vara de condão especial: o mistério com que embrulha todas as coisas, e algumas deixa invisíveis."
(Lya Luft in: Secreta Mirada)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O que fala?

Aquele que sabe o que fala...
É mais fácil jogar tudo "pro" alto,
quando se toma de assalto
que poderia ser conquistado...
E nos gestos do dia a dia faz da própria poesia
a doença e o pecado.
Assim, num discurso exacerbado,
não enxerga quem está do seu lado preterindo quem apenas ama...
E rende homenagens e conquistas,
à muitas de muitas listas
oferecendo sua própria cama.
Traz na boca um sorriso que confunde,
permitindo que o amor se afunde
em dores que a alma resvala...
Assassinando o silêncio que diz tudo,
mas que mantém o coração mudo,
enquanto o outro sabe o que fala.

(postado em meu orkut por ele em 09/02/2011)

Horizonte

Certa vez alguém chegou no céu e pediu pra falar com DEUS porque, segundo o seu ponto de vista, havia uma coisa na criação que não tinha nenhum sentido...
DEUS o atendeu de imediato, curioso por saber qual era a falha que havia na Criação.

- Senhor DEUS, sua criação é muito bonita, muito funcional, cada coisa tem sua razão de ser... mas no meu ponto de vista, tem uma coisa que não serve para nada - disse aquele impertinente para O CRIADOR.

- E que coisa é essa que não serve para nada? - perguntou DEUS.
- É o horizonte. Para que serve o horizonte? Se eu caminho um passo em direção a ele, o mesmo se afasta um passo de mim. Se caminho dez passos, ele se afasta outros dez passos. Se caminho quilômetros em direção ao horizonte, ele se afasta os mesmos quilômetros de mim... Isso não faz sentido!

- O horizonte não serve pra nada.
DEUS olhou para aquela pessoa, sorriu e disse:

- Mas é justamente para isso que serve o horizonte... "para fazê-lo caminhar"!

(Autor desconhecido)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Sou um ET?

E de repente fez-se um certo silêncio na net. Algum feriado?
Sábado é meio devagar mesmo, domingo é dia de descanso.
Mas quem está cansado?
Vejo nos grupos, cada dia que passa, o número mais reduzido de mensagens. Bem menor que o comum.
Eu acostumada, para não dizer viciada, em certos escritores que aprendi a amar, reparo que não estão postando. Fico sem graça de enviar, pois estarei expressando minha enorme carência. Também não posso cobrar deles. Então se todos diminuíram suas remessas, embarco nessa de escassez também. Mas, toda hora vou à caixa de entrada e fico esperando negritar. Amigos que mandam piadas, também estão quietinhos. Formatadores, sem textos.
Bem, talvez seja bom, pois, ando numa fase de disparar no papel meus conflitos inconscientes.
Andei querendo me mancar de tanta vontade escrever. Talvez seja a hora. Não tenho o direito de pisar no acelerador das minhas inquietudes e atropelar meus leitores com minhas amarguras.
Mas que o burburinho virtual me faz bem, faz.
Estou acostumada com as poesias, com as músicas, com a mensagem pesada que trava tudo, com a invasão da minha caixa por nomes que nunca vi, com minhas brigas com meu provedor. Acostumada até com spam!
Estou sem motivos para criticar a mim, a mesmice de alguns, estou sem razão para chorar de alegria ou tristeza, estou sem cúmplices na minha solidão.
Preciso até de conflitos para aliviar minha angústia.
A net, não é apenas meu passatempo.
É meu álibi, meu argumento, é a forma que achei para suportar melhor o peso da minha existência.
Este maldito silêncio virtual, cria um eclipse afetivo em minha alma.
Não dá para ser visto por astrônomos, não é compreendido por médicos ou cientistas, mas admite ser contemplado por usuários da rede. Somos compreendidos entre nós. Quem não está aqui, deve nos achar loucos.
Não posso compartilhar este sentimento emotivo com o passante real, que não fica conectado.
É como falar de menstruação com o padeiro.
Fica tipo...-ridículo e anormal.
Ele olha como se eu fosse um ET.

Por falar nisso, será que não sou um?

(Rosa Pena)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Ausência

Quando vejo as pessoas  indo de um lado a outro, algumas com expressão leve, outras cansadas, desanimadas, algumas vagarosas, outras apressadas...Fico imaginando o encontro.Uma pessoa que vai é uma pessoa a mais que vai. Mas ele chega e encontra alguém que dê significado à sua existência porque sente sua ausência. Sentir ausência de alguém é dar sentido à sua existência. É uma criança que fica feliz ao entrar em casa sabendo que alguém estará a sua espera. Chegar e não encontrar é dor doída demais. É sentir-se esquecida, desprovida de cuidados. É estender as mãos para ninguém. O encontro com o outro alivia nossas andanças. Como é bom voltar. Voltar para casa...voltar a consciência...voltar ao esquecido em algum lugar do nosso sentimento

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Decepção

Algumas paixões são arrebatadoras e a história da literatura é recheada de lindos encontros e desencontros de amor.
Por um tempo a morte era meu maior medo...a viagem ao desconhecido. Tantas coisas aconteceram...e há tantas outras perdas...tantos outros medos. O medo de não ser amada é doloroso demais, mas a esperança alimenta a dor.
Tive uma decepção muito grande e passei meses me perguntando: Por que  outra pessoa foi escolhida? Onde foi que errei? Por um tempo pensei no que fazer para aliviar o medo que senti. Pensei no tempo...sobre a beleza de chorar por alguém, consciente que estava viva. Chorar por amor é melhor do que sua ausência. Chorar o tempo certo, depois é preciso viver. Era o que eu pensava: Chorar o tempo certo! O tempo da compreensão de que Ele simplesmente não nutria por mim os mesmos sentimentos. Pensei que talvez não passasse de uma obsessão, de um pacto que fiz comigo mesma tentando me convencer de que exista outra pessoa que me encontraria para partilhar da minha história....Mas tantas palavras foram ditas. Não é possível que fosse tudo mentira ou que eu tenha escutado alto demais... Talvez ele tenha dito sim e talvez não estivesse mentindo. Os sentimentos, depois de algum tempo, se organizam. As escolhas vão dando forma aos desejos, e o que ontem aquecia...hoje esfria.
Decidi que não posso nem devo implorar que uma pessoa se aproxime de mim por que eu quero. E não é inteligente que o outro se aproxime a contragosto...seria  desagradável.
Amar não é possuir, muito menos destruir. Amar não é usar e desprezar. Amar não é exibir. Amar é experimentar o bom e o belo. Amar se aprende amando e querendo. Não há como impor ao outro a obrigação de amar.
Acredito que o medo de não ser amada é em razão de um mundo pouco preocupado com os sentimentos alheios. Não há tempo para gastar com pessoas complicadas.
Essa desilusão/decepção por que passei foi muito grande, mas me libertei quando descobri que o amor é meu, faz parte de mim. O que a gente faz é deixar outra pessoa desfrutar da beleza dele, como uma criança brincando com o brinquedo que sonhou ganhar. Você vê o brilho nos olhos...e é maravilhoso!
Agora quando o amor dói, é como se a criança crescesse e jogasse o brinquedo no fundo do armário...a dor é fria, escura, silenciosa...ai você tem que buscar o mais profundo amor...o amor próprio... Aí se liberta!!!
Ontem “xeretei” o Orkut dele de ponta a ponta...TUDO... (isso pq ele me mandou um convite viu??) e senti um misto de alegria e tristeza. Não posso deixar tudo acontecer novamente...não posso e não quero sofrer tudo de novo.
Ai...ai...ai...Muita filosofia boba, mas amo amar!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Universo que sonhei

Parti para a viagem numa noite...
Nem bela, nem estrelada...
Nem escura, nem enluarada...
Nem calma, nem agitada...
Nem quente, nem fria...
Nem Noite...
Parti... e parti numa hora sem minutos, sem segundos, sem tempo...
Viajei num transporte...
Não era avião, automóvel, jangada ou foguete.
Nem “disco voador”
Não havia problema de resistência do ar, de hélice, de direção, de vela, de impulsão, de gravitação, sem física.
Para o meu transporte, Não havia distância, dimensão, semelhança, nem proporção
Sem matemática...
Movia-se sem esforço muscular, sem gasolina, sem urânio, sem química...
Não tinha rota pré-determinada e
não pedia licença, para pousar, sem leis...

Este transporte era meu pensamento...
Seu combustível ... o Amor
Seu leme ...  a Intuição
Sua rota ... a Imaginação
Seu objetivo ... a Verdade
Sua tripulação ... a Humanidade
Seu destino ... o Homem
Seu construtor ... DEUS

Desloquei-me para um ponto...
Tive saudades do universo.
Saudade de mares.
Saudade de florestas.
Saudade de cavernas.
Saudade de palhoças.
Saudade de iglus.
Saudade de ocas.
Saudade de casas.
Saudade de apartamentos.

No entanto, do que existia em cada um deles, só me lembrava do Amor...
A música foi-se tornando menos triste e mais bela.
Que música era esta?
Era a humanidade que havia renegado a pobreza da linguagem, superado
a transmissão do pensamento e se comunicava através da música.
De repente, acreditem em mim...
Vi o humano se confundir com o divino...
Toda humanidade ressuscitou...
Saia uma luz de uma tonalidade que nunca vi igual...
Cor divina acompanhada de uma melodia,
cujo som jamais havia ouvido ... som ideal
Esta Luz musical ou música luminosa uniu-se num todo formando
a mais bela canção que já ouvi, cuja estrofe dizia:
- Gritem, gritem! Eureka... eureka...
Nós descobrimos um “moto contínuo” divino!
O combustível de nosso transporte
É o próprio Criador
O Amor é DEUS... DEUS é Amor

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Carinho.

Carinho...
É quando a gente
não encontra nenhuma palavra
para expressar o que sente...
E fala com as mãos...
Colocando o afago em cada dedo.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Tentando entender

"Não entendo a vida sem os gestos de carinho entre pessoas que se querem bem, muito menos sem as necessárias atitudes e ações solidárias vindas até mesmo de pessoas que nunca se viram antes"

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A natureza pede socorro...

"A terra não pertence ao homem; o homem é que a ela pertence...Disto nós sabemos. Todas as coisas estão interligadas, como os laços que unem uma família. O que acontecer com a Terra acontecerá conosco.
O homem não teceu a teia da vida...ele é um fio da mesma. O que ele fizer a Terra estará fazendo a si próprio"



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Saudades!

Não sei o que acontece, mas todo começo do ano é assim...Tenho a sensação que estou esquecendo de fazer algo ou que algo vai acontecer...Não sei exatamente, mas sinto um turbilhão de sentimentos ao mesmo tempo. To me sentindo vazia...sem ânimo...sem vontade de nada e para ajudar...depois que conversei com minha avó, voltei a ter insônia. Noite passada contabilizei minha quinta noite sem dormir. A cama já não estava boa, na TV nada interessante e to sem saco pra ler ou navegar na net...só me restou pensar na vida...meus pais...meu irmão...minha vida no Rio...meus amigos...enfim...To sentindo saudades...
Saudades do meu pai...do seu colo, das suas cantigas inventadas e sem sentido algum, das histórias recontadas. Homem culto que através de seu olhar me permitia viajar por aventuras ora corretas, ora necessárias para a minha curiosidade. Ele falava de mim com orgulho. Caí algumas vezes, mas eu sabia que ele estava ali para qualquer arranhão mais doloroso. Ele não está mais aqui comigo. Está em mim, porque trago muito do que ele deixou. Mas não me abraça. Não sorri para mim. Não me diz coisas que cicatrizem as minhas feridas. Minha fortaleza partiu e levou com ele meu irmão com 17 anos. Éramos jovens, felizes e apaixonados pela vida. Vi ele morrendo. Estava ao seu lado.
Lembro que no dia anterior a sua morte, fizemos tantas coisas juntos...E na noite seguinte vi seu suspiro final. Abracei-o enquanto braços tentavam nos separar, mas eu não me movia...A dor física era pequena diante da possibilidade da separação, mas nos separaram e meu irmão partiu sem ter o direito de se despedir....e eu fiquei  sem saber o que  passou pela sua mente, se é que teve tempo de pensar em algo... Apenas partiu.
Minha mãe era só silêncio, lágrimas e  orações pedindo a Deus que acolhesse o fruto de seu amor e seu parceiro de uma vida cheia de sonhos.
Quando me dei conta, estava vivendo com perdas e a próxima seria minha mãe. Lembrei de quando era criança, das  brincadeiras, da hora da lição, da conversa séria, do boa noite ao final do dia.
Hoje compreendo que o seu sofrimento físico chegou ao fim, mas me assustei quando a vi num caixão e chorei...Chorei a certeza de nunca mais ouvir sua voz, conselhos, riso, ter sua proteção, cumplicidade e conselhos...
Nos dias que se seguiram, tentei recompor partes quebradas e me quebrei mais ainda em perguntas sem respostas.
Não entendo a tristeza como ausência de felicidade. Acho que elas coexistem. Somos felizes e tristes. Felizes porque tentamos entender a nossa missão. Tristes porque assim tem de ser. A tristeza nos empresta respeito ao outro e percepção mais aguçada da dor. Talvez tristeza seja ausência de alegria, de riso fácil, não de felicidade.
Hoje é véspera de outro dia qualquer e eu estou triste. Acordei com saudade da minha família. Tantas coisas aconteceram em minha vida depois que ela se foi.
Minha mãe falava-me de um Deus que mora na ternura e que acolhe. Sua sabedoria falava de um Deus que não julga, mas compreende; que não afasta, mas ama e entendo que estamos aqui de passagem. Tenho fé de que há outro porvir, um lindo céu, que nos aguarda, mas isso não retira de mim a saudade que dói.